A Família Cristã

Capítulo Vinte e Um (Chapter Twenty-One)

Deus é claro, foi quem teve a ideia de famílias. Portanto, parece lógico que Ele possa nos oferecer uma visão interna a respeito de como as famílias devem funcionar e possa nos avisar das dificuldades que destroem famílias. O Senhor realmente tem nos dado muitos princípios em Sua Palavra a respeito da estrutura familiar e a parte que cabe a cada membro realizar individualmente. Quando essas instruções bíblicas são seguidas, as famílias experimentam todas as bênçãos que Deus preparou a elas. Quando são violadas, o resultado é caos e aflição.

O Papel de Marido e Mulher (The Role of Husband and Wife)

Deus planejou que a família cristã se encaixasse em certa estrutura. Por essa estrutura prover a estabilidade para a vida familiar, Satanás tenta perverter o plano de Deus.

Primeiro, Deus ordenou que o marido fosse o cabeça da unidade familiar. Isso não dá ao marido o direito de dominar egoisticamente sobre sua esposa e filhos. Deus chamou os maridos para amarem, protegerem, proverem e liderarem suas famílias como cabeças. Deus também planejou que as esposas fossem submissas à liderança de seus maridos. Isso fica bem claro nas Escrituras:

Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos (Ef. 5:22-24).

O marido não é o cabeça espiritual de sua esposa — é Jesus quem faz essa parte. Jesus é o cabeça espiritual da Igreja e a esposa cristã é membro da Igreja, assim como seu esposo cristão. Contudo, na família, o marido cristão é o cabeça de sua esposa e filhos, e eles devem se submeter a sua autoridade dada por Cristo.

Até que ponto a esposa deve se submeter ao seu esposo? Ela deve se submeter a ele em tudo, assim como Paulo disse. A única exceção a essa regra seria se o esposo esperasse que ela desobedecesse a Palavra de Deus ou fizesse algo que violasse sua consciência. É claro que nenhum esposo cristão esperaria que sua esposa fizesse algo que violasse a Palavra de Deus ou sua consciência. O esposo não é o senhor de sua esposa — somente Jesus ocupa esse lugar em sua vida. Se ela deve escolher a quem obedecer, deve escolher a Jesus.

Os esposos devem se lembrar de que Deus não está necessariamente sempre “do lado do marido”. Uma vez, Deus disse a Abraão para fazer o que sua esposa Sara lhe disse (veja Gn. 21:10-13). As Escrituras também dizem que Abigail desobedeceu a Nabal, seu tolo marido, e preveniu uma catástrofe (veja 1 Sm. 25:2-38).

A Palavra de Deus aos Esposos (God’s Word to Husbands)

Aos maridos, Deus diz:

Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela… Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo… Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito (Ef. 5:25, 28-30, 33).

Os maridos devem amar suas esposas como Cristo ama a Igreja. Essa responsabilidade não é pequena! Qualquer mulher se submeterá alegremente a alguém que a ama assim como Cristo — que entregou sua própria vida, se sacrificando por amor. Assim como Cristo ama seu próprio corpo, a Igreja, da mesma forma um marido deve amar a mulher com quem é “uma só carne” (Ef. 5:31). Se um marido ama a sua esposa como deve, ele proverá para ela, cuidará dela, a honrará, a ajudará, a encorajará e gastará tempo com ela. Se ele falhar em sua responsabilidade de amá-la, o marido corre perigo de prejudicar a resposta de suas próprias orações:

Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações (1 Pd. 3:7, ênfase adicionada).

É claro que nunca houve um casamento que fosse completamente sem conflitos e desentendimentos. Contudo, através do comprometimento e desenvolvimento dos frutos do Espírito em nossas vidas, maridos e esposas podem aprender a viver em harmonia e experimentar a bênção crescente do casamento cristão. Através dos problemas inevitáveis que aparecem em todos os casamentos, cada cônjuge pode aprender a crescer em maturidade para ser cada vez mais como Cristo.

Para estudos mais abrangentes sobre os deveres dos maridos e mulheres, veja Gênesis 2:15-25; Provérbios 19:13; 21:9, 19; 27:15-16; 31:10-31; 1 Coríntios 11:3; 13:1-8; Colossenses 3:18-19; 1 Timóteo 3:4-5; Tito 2:3-5; 1 Pedro 3:1-7.

Sexo no Casamento (Sex in Marriage)

Foi Deus quem criou o sexo, e Ele obviamente o criou com o propósito de prazer assim como o de procriação. Contudo, a Bíblia deixa claro que relações sexuais devem ser praticadas somente por aqueles que se uniram em uma aliança de casamento para a vida toda.

Relações sexuais que acontecem fora dos laços matrimoniais são consideradas fornicação ou adultério. O apóstolo Paulo disse que aqueles que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus (veja 1 Co. 6:9-11). Mesmo que um cristão possa ser tentado e possivelmente venha a cometer um ato de fornicação ou adultério, ele sentirá grande condenação em seu espírito que o levará ao arrependimento.

Paulo também deu algumas instruções específicas a respeito das responsabilidades sexuais de maridos e mulheres:

Mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido. O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio (1 Co. 7:2-5).

Esse versículo mostra que o sexo não deve ser usado como “recompensa” pelo marido ou esposa, pois nenhum tem autoridade sobre seu próprio corpo.

Além do mais, sexo é um presente dado por Deus e não é profano ou pecaminoso desde que seja restrito ao casamento. Paulo encorajou casais cristãos a se unirem em relações sexuais. Além do mais, encontramos esse conselho aos maridos no livro de Provérbios:

Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela (Pv. 5:18-19).[1]

Se casais cristãos devem desfrutar de relações sexuais mutuamente gratificantes, maridos e esposas devem entender que há uma grande diferença entre a natureza sexual masculina e a feminina. Em comparação, a natureza sexual masculina é mais física, enquanto a feminina é ligada às suas emoções. Homens se excitam por estimulação visual (veja Mt. 5:28), enquanto mulheres se excitam pelo relacionamento e toque (veja 1 Co. 7:1). Homens são sexualmente atraídos a mulheres que atraem seus olhos; e mulheres, a homens que admiram por motivos além da atração física. Portanto, esposas sábias fazem o melhor para parecerem agradáveis aos seus maridos em todo o tempo. E maridos sábios mostram sua afeição por suas esposas todo o tempo com abraços e atos de bondade, ao invés de esperarem que se excitem em um instante no final do dia.

O grau de desejo sexual de um homem tende a aumentar com a acumulação de sêmen em seu corpo, enquanto o desejo sexual de uma mulher aumenta ou diminui dependendo de seu ciclo menstrual. Homens têm a capacidade de ficar excitados e experimentar o clímax sexual em questão de segundos ou minutos; as mulheres demoram muito mais. Ele pode se preparar fisicamente para o ato sexual em segundos, mas o corpo dela pode não ficar pronto por meia hora. Portanto, maridos sábios empregam tempo em jogos sexuais com carinhos, beijos e estimulação manual das áreas do corpo dela que resultarão em sua preparação para a relação sexual. Se ele não sabe onde ficam essas partes do corpo dela, deve perguntar. Além do mais, ele deve saber que, mesmo que tenha a capacidade de alcançar somente um clímax sexual, sua esposa tem capacidade de alcançar mais. Ele deve lhe dar o que ela deseja.

É vital que maridos e esposas cristãos discutam suas necessidades com honestidade um com o outro e aprendam o quanto possível sobre o funcionalismo do sexo oposto. Com meses e anos de comunicação, descoberta e prática, relações sexuais entre maridos e esposas podem resultar em bênçãos crescentes.

Filhos de uma Família Cristã (Children of a Christian Family)

As crianças devem ser ensinadas a se submeterem e a serem completamente obedientes a seus pais cristãos. E se assim o fizerem, têm como promessa longa vida e outras bênçãos.

Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe” — este é o primeiro mandamento com promessa — “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra” (Ef. 6:1-3).

Pais cristãos, como cabeças de suas famílias, recebem a responsabilidade principal de treinar seus filhos:

Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor (Ef. 6:4).

Note que a responsabilidade do pai é dupla: criar seus filhos segundo a instrução e conselho do Senhor. Vamos primeiro considerar a necessidade de disciplinar as crianças.

Disciplinando os Filhos (Child Discipline)

A criança que nunca é disciplinada crescerá sendo egoísta e rebelde para com autoridades. As crianças devem ser disciplinadas a qualquer hora que desobedecerem desafiadoramente regras lógicas que foram colocadas de antemão por seus pais. Crianças não devem ser punidas por irresponsabilidade ou erros infantis. Contudo, deve ser requerido que enfrentem as consequências de seus erros e irresponsabilidades, ajudando assim a prepará-las para a realidade da vida adulta.

Crianças pequenas devem ser disciplinadas com a vara, como a Palavra de Deus instrui. É claro que bebês não devem apanhar com a vara, mas isso não significa que devam ter tudo do jeito que quiserem. Na verdade, desde o nascimento deve ficar claro que a mãe e o pai estão no controle. Eles podem aprender, desde muito cedo, o que a palavra “não” significa por simplesmente restringi-los de fazer o que estão fazendo ou vão fazer. Uma vez que começam a entender o que o “não” significa, um leve tapa no bumbum os ajudará a entender melhor durante as vezes que não obedecerem. Se isso for feito consistentemente, a criança aprenderá a ser obediente desde cedo.

Os pais também podem estabelecer suas autoridades não reforçando comportamentos indesejáveis em seus filhos, como dar a eles o que querem toda vez que choram. Ceder é ensinar a criança a chorar para ter suas vontades feitas. Ou, se os pais cedem às demandas de seus filhos todas as vezes que ficam de mal-humor ou manhosos, tais pais estão encorajando esse comportamento indesejável. Pais sábios só recompensam comportamentos desejáveis em seus filhos.

A disciplina não deve fazer mal fisicamente, mas certamente deve doer o suficiente para fazer com que a criança desobediente chore por certo tempo. Deste modo, a criança aprenderá a associar desobediência à dor. A Bíblia afirma isso:

Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo… A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela… Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura… A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe (Pv. 13:24; 22:15; 23:13-14; 29:15).

Quando os pais impõem suas regras, não precisam ameaçar as crianças para fazê-las obedecer-lhes. Se uma criança desobedecer desafiadoramente, deve ser disciplinada. Se um pai só ameaça disciplinar seu filho desobediente, ele só está reforçando a desobediência contínua de seu filho. Como resultado, a criança aprende a não se preocupar em ser obediente até que as ameaças verbais de seus pais alcancem certo ponto.

Depois da disciplina ser administrada, a criança deve ser abraçada e os pais devem reafirmar seu amor por ela.

Instruindo a Criança (Train Up a Child)

Pais cristãos devem perceber que têm a responsabilidade de instruir seus filhos, assim como lemos em Provérbios 22:6: “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles” (ênfase adicionada).

Instruir envolve não só punição pela desobediência, mas recompensa por bom comportamento. Crianças devem ser constantemente elogiadas por seus pais para reforçar seu bom comportamento e características desejáveis. As crianças devem ser reasseguradas várias vezes de que são amadas, aceitas e apreciadas por seus pais. E estes podem mostrar seu amor através de elogios, abraços e beijos, como também do tempo que passam com seus filhos.

“Instruir” significa “fazer obedecer”. Portanto, pais cristãos não devem dar aos seus filhos a opção de ir ou não a igreja ou orar todos os dias e assim por diante. Crianças não são responsáveis o suficiente para saberem o que é melhor para elas — e é por isso que Deus deu pais a elas. Aos pais que investem esforço e energia para verem que seus filhos estão sendo instruídos corretamente, Deus promete que seus filhos não se desviarão do caminho certo quando forem mais velhos, como lemos em Provérbios 22:6.

Crianças devem receber cada vez mais responsabilidades enquanto crescem. O objetivo de criar filhos da maneira correta é preparar a criança gradualmente para as responsabilidades da vida adulta. Enquanto a criança cresce, deve receber cada vez mais liberdade para tomar suas próprias decisões. Além do mais, o adolescente deve entender que assumirá a responsabilidade pelas consequências de suas decisões e que seus pais não estarão sempre lá para tirá-lo dos problemas.

A Responsabilidade dos Pais de Instruir (Parents’ Responsibility to Instruct)

Como lemos em Efésios 6:4, os pais não são responsáveis somente pela disciplina de seus filhos, mas também pela instrução deles no Senhor. Não é responsabilidade da igreja dar à criança instrução sobre moralidade bíblica, caráter cristão ou teologia — esse é o trabalho do pai. Os pais que passam toda a responsabilidade para o professor da Escola Dominical ensinar a seus filhos sobre Deus estão cometendo um erro muito sério. Deus deu uma ordem a Israel através de Moisés:

Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar (Dt. 6:6-7, ênfase adicionada).

Pais cristãos devem apresentar Deus a seus filhos desde cedo, dizendo-lhes quem Ele é e o quanto Ele os ama. As crianças devem aprender a história do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus. Muitas podem entender a mensagem do Evangelho aos cinco ou seis anos e podem fazer a decisão de servir ao Senhor. Logo depois (aos seis ou sete anos, e às vezes mais cedo), podem receber o batismo no Espírito Santo com a evidência de falar em línguas. É claro que nenhuma regra sobre isso pode ser feita, pois cada criança é diferente. O que quero dizer é que pais cristãos devem fazer do treinamento espiritual de seus filhos sua maior prioridade.

Dez Regras Para Amar Seus Filhos (Ten Rules for Loving Your Children)

1) Não irrite seu filhos (veja Ef. 6:4). Não podemos esperar que as crianças ajam como adultos. Se esperar muito delas, desistirão de tentar agradá-lo, sabendo que é impossível.

2) Não compare seus filhos com outras crianças. Diga a eles o quanto aprecia suas características únicas e dons de Deus.

3) Dê a eles responsabilidades em casa para que saibam que são uma parte importante da unidade familiar. Elogios são os tijolos de uma autoestima saudável.

4) Gaste tempo com seus filhos. Isso lhes mostra que são importantes para você. Dar presentes a eles não substitui dar você mesmo. Além do mais, as crianças são mais influenciadas por aqueles que passam mais tempo com elas.

5) Se precisar falar algo negativo, tente falar de uma forma positiva. Nunca disse aos meus filhos que eram “maus” quando me desobedeciam. Ao invés disso, dizia ao meu filho: “Você é um bom menino, e bons meninos não fazem o que você fez!” (Então, eu o disciplinava).

6) Perceba que a palavra “não” significa “eu me importo com você”. Quando as crianças sempre têm o que querem, sabem instintivamente que você não se importa o suficiente para restringi-las.

7) Espere que seus filhos o imitem. As crianças aprendem com o exemplo de seus pais. Um pai sábio nunca dirá ao seu filho: “Faça o que eu mando, não faça o que eu faço”.

8). Não tire seus filhos de todos os problemas deles. Só remova as pedras de tropeço; deixe as outras em seu caminho.

9) Sirva a Deus de todo o coração. Notei que filhos de pais espiritualmente mornos raramente continuam a servir ao Senhor quando adultos. Filhos cristãos de pais incrédulos e filhos de pais cristãos completamente comprometidos normalmente continuam a servir a Deus uma vez que estão “fora do ninho”.

10) Ensine aos seus filhos a Palavra de Deus. Muitas vezes, os pais priorizam a educação de seus filhos, mas fracassam em dar a eles a educação mais importante que podiam ter, uma educação na Bíblia.

As Prioridades do Ministério, Casamento e Família (The Priorities of Ministry, Marriage and Family)

Talvez, o erro mais comum cometido por líderes cristãos é o de negligenciar seus casamentos e famílias por devoção aos seus ministérios. Eles se justificam dizendo que seu sacrifício é “para o trabalho do Senhor”.

Esse erro é remediado quando o ministro discipulador percebe que sua verdadeira obediência e devoção a Deus é refletida por seu relacionamento com sua esposa e filhos. Um ministro não pode dizer ser devoto a Deus se não ama a sua esposa como Cristo ama a Igreja, ou se negligencia passar o tempo necessário com seus filhos para criá-los na educação e admoestação do Senhor.

Além do mais, alguém negligenciar sua esposa e filhos “pelo bem do ministério” é normalmente um sinal certo de ministério carnal que está sendo feito pelas forças da própria pessoa. Muitos pastores que carregam pesadas cargas de trabalho exemplificam isso quando se esgotam para manter todos os programas da igreja funcionando.

Jesus prometeu que Seu jugo é suave e Seu fardo é leve (veja Mt. 11:30). Ele não está chamando ministros para mostrarem sua devoção pelo mundo ou pela igreja ao custo de amar sua família. Na verdade, um requisito para presbítero é que “ele deve governar bem sua própria família” (1 Tm. 3:4). Seu relacionamento com sua família é um teste de encaixe ao ministério.

Aqueles que são chamados para ministérios em que precisam viajar e precisam ficar algumas vezes longe de casa, devem passar mais tempo focando em suas famílias quando estão em casa. Companheiros, membros do corpo de Cristo, devem fazer o que está ao seu alcance para fazer essa combinação possível. O discipulador percebe que seus próprios filhos são seus principais discípulos. Se fracassar nessa tarefa, não tem direito de tentar fazer discípulos fora de casa.

 


[1] Para mais provas de que Deus não é puritano, veja Cânticos de Salomão 7:1-9 e Levítico 18:1-23.